segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A INFLUÊNCIA DOS GRANDES PENSADORES NO APRIMORAMENTO EM SALA DE AULA - Lev Vygotsky

Lev Vygotsky – Processos internos e influências externas
Apesar da vida curta – morreu de tuberculose em 1934, aos 37 anos – o pensador bielorrusso teve uma produção intelectual intensa. Formado em Direito, também fez cursos de Medicina, História e Filosofia. Por motivos políticos, suas obras foram censuradas e chegaram ao Ocidente apenas nos anos 60 – no Brasil, só no início da década de 80.
O indivíduo não nasce pronto nem é cópia do ambiente externo. Em sua evolução intelectual há uma interação constante e ininterrupta entre processos internos e influências do mundo social. Por defender esta idéia, o psicólogo Lev Vygostky é considerado um visionário. O estudioso nascido na Bielorrússia se contrapôs ao pensamento inatista, segundo o qual as pessoas já nascem com suas características, como inteligência e estados emocionais, pré-determinados. Da mesma forma, enfrentou o empirismo, corrente que defente que as pessoas nascem como um copo vazio e são formadas de acordo com as experiências às quais são submetidas.
Vygostky entende que o desenvolvimento é fruto de uma grande influência das experiências do indivíduo mas cada um dá um significado particular a essas vivências. O jeito de cada um aprender o mundo é individual. Para ele, desenvolvimento e aprendizado estão intimamente ligados: nós só nos desenovlvemos se (e quando) aprendemos. Além disso, o desenvolvimento não depende apenas da maturação, como acreditavam os inatistas. O ser humano tem o potencial de andar ereto, articular sons, conquistar modos de pensar baseados em conceitos. Mas isso resulta dos aprendizados que tiver ao longo da vida dentro do seu grupo cultural.
A idéia de um maior desenvolvimento quanto maior for o aprendizado suscitou erros de interpretação. Muitas escolcas passaram a difundir um ensino enciclopédico, imaginando que quanto mais conteúdo passassem para os alunos mais eles se desenvolveriam. Para ser assimladas, no entanto, as informações tem de fazer sentido. Isso se dá quando elas incidem no que o psicólogo chamou de zona proximal, a distância entre aquilo que a criança sabe fazer sozinha (o desenvolvimento real) e o que é capaz de realizar om ajuda de alguém mais experiente (o desenvolvimento potencial). Dessa forma, o que é zona de desenvolvimento proximal vira nível de desenvolvimento real amanhã.
O bom ensino, portanto, é o que incide na zona proximal.

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